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Maternidade valorizada demais

A filósofa francesa Elisabeth Badinter tem uma teoria: apesar da queda nas taxas de fecundidade a maternidade nunca esteve tão valorizada no mundo.
A explicação está no livro "O Conflito", escrito por ela e que acaba de ser lançado no Brasil.
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Na publicação ela mostra como as mães voltaram a ser submetidas ao "império do bebê": elas devem amamentar - sob a pena de serem culpadas pela doença do filho -, lavar fraldas para não agredir o meio ambiente e fazer papinhas sem conservantes, além de todas as outras milhares de implicações existentes em ser mãe na sociedade atual.

Em entrevista ao site Folha.com explica que a obrigação de ser uma supermãe pode fazer com que as mulheres desistam no sonho de ser mãe. De acordo com ela, há uma espécie de ideologia da boa mãe - esta deve dar tudo ao seu filho, como seu tempo, seu leite e sua energia. A mulher pensa: "Se for para ser uma boa mãe, devo sacrificar minhas ambições. Como não sou capaz de fazer isso, prefiro não ter filhos".
Uma mulher que decide não ter filhos acaba sofrendo questionamentos da sociedade. Na entrevista Elisabeth questiona o comportamento das pessoas em relação a essas mulheres, já que mulheres que tem filhos sem medir as conseqüências não são tão cobradas assim. "Elas têm filhos da mesma forma que temos vontade de comer um bombom. Elas são irresponsáveis ou perversas. Não há nenhuma objeção da sociedade, porque ter filhos é natural".
E quanto ao futuro? Para a especialista é difícil prever. "Há movimentos nos países desenvolvidos para colocar novamente a maternidade no centro da vida feminina, mas há movimentos de mulheres que decidem não ter filhos, em países como Japão, Alemanha, Itália e Espanha. Isso porque a obrigação de ser uma boa mãe está cada vez mais presente".

E você, se sente pressionada como mãe? Quer ter filhos?
Por Larissa Alvarez

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