Poluir a pele é bem fácil e nem precisa de muito esforço. Querendo ou não, agentes como fumaça, sol, luz artificial, ar condicionado e mais uma porção de outros fatores externos e internos são responsáveis por degradar a saúde da pele, estimular a produção de radicais livres e, consequentemente, o envelhecimento precoce.
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Os poluentes internos (luz artificial, ar condicionado e ar aquecido, por exemplo), são agentes ressecadores e causadores de radicais livres e do envelhecimento precoce. No caso do ar condicionado, por exemplo, há um dano na camada protetora da pele, pois o aparelho deixa o ambiente totalmente seco e desidratado. Se a pele já é seca naturalmente, deve ser evitada a exposição a estas condições.
Segundo Mika Yamaguchi, farmacêutica da Biotec Dermocosméticos, a pele estará totalmente despoluída e protegida quando estiver adaptada às variações ambientais em que é exposta diariamente. E o primeiro passo para isso acontecer acontece de dentro para fora. Eliminar a produção de radicais livres ou, ao menos, diminuir, é a primeira medida a ser tomada para despoluir a derme.
O dermatologista Mauricio Mendonça afirma que o combate aos radicais livres pede um estilo de vida mais saudável, ou seja, não fumar, evitar o estresse, praticar exercícios físicos, evitar a exposição ao sol e ter uma dieta balanceada, "com alimentos antioxidantes e ricos em vitaminas C, E e A, bioflavonóides e isoflavonas, selênio", sugere o médico.
Depois de cuidar do interior, é hora que fazer uma proteção de fora para dentro. Segundo Maurício, a pele deve ser muito bem limpa, ao menos duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, com produtos adequados para a região, "de modo a evitar o acúmulo de impurezas e partículas tóxicas na pele". Tendo a derme limpa, a segunda coisa a se fazer é mantê-la hidratada e associar o creme escolhido com fórmulas que contenham anti-radicais livres.
Na hora de "limpar" a pele é preciso ir atrás de ativos. Entre os que podem ajudar estão o "Alistin" (carcinina de uso tópico) que é um antioxidante universal e tem a capacidade combater os radicais livres gerados por aldeídos tóxicos e radicais carbonílicos, além de proteger o DNA da célula. Outro é a "GPS Trealose" (dissacarídeo), vetorizada pelo silício orgânico e que combate a desidratação da pele protegendo a bicamada da célula. Mika indica ainda o "Riboxyl", uma ribose que fornece energia a célula. "Quando a célula tem o seu nível de energia normalizado, tem a capacidade de produzir elastina e colágeno de boa qualidade e também de eliminar os agentes tóxicos de maneira correta", explica Mika.
Ela lembra que, independente do tipo de pele, todas devem estar bem hidratadas e bem protegidas dos danos dos radicais livres e das agressões externas. O que muda na indicação para cada tipo de pele é a composição da formulação. "A seca precisa de uma composição mais rica em óleos e ativos que forneçam uma maior proteção a pele", exemplifica. Maurício sugere higienizar esse tipo de pele com sabonetes líquidos neutros e usar regularmente hidratantes com substâncias que favoreçam o processo de hidratação, como ácido hialurônico e as ceramidas. Peles oleosas devem preferir produtos descongestionantes, que evitem a formação de cravos e espinhas, preferencialmente em gel e com oil-free.
Depois de hidratada, a pele precisa de proteção - ou seja, filtro solar, essencial para bloquear os raios do sol e proteger da luz fria do local de trabalho. "Use diariamente protetor solar com FPS, no mínimo 30, mesmo em dias frios, nublados ou chuvosos", finaliza Maurício.
Vitamina C: frutas cítricas e vegetais escuros
Vitamina E: trigo, semente de girassol, nozes, castanhas e legumes e vegetais fibrosos
Bioflavonóides: frutas cítricas e uvas
Isoflavonas: soja e o selênio em carnes de frango, boi e peixes
Fonte: Mauricio Mendonça
Por Tissiane Vicentin (MBPress)
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