Divulgação/ salão Cleber Lopes
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Além dos jovens, a acne tem vitimado os adultos também. Estima-se que cerca de 14% da população que já passou um pouco da adolescência sofre com isso. Nas mulheres acima de 25 anos, a doença é chamada de acne da mulher adulta e costuma aparecer na região das mandíbulas e do pescoço. Ela pode ter permanecido desde a adolescência ou ter aparecido tardiamente.
"A acne na mulher adulta está associada a distúrbios do ciclo menstrual, infertilidade, hirsutismo, seborreia, alopecia no couro cabeludo e obesidade, e tem mais chance de estar relacionada a uma doença endócrina" explica a dermatologista. Porém, grande parte das pacientes afetadas não apresenta alterações em exames como ultrassonografia e dosagem hormonal. É como se essas mulheres produzissem os hormônios normalmente, mas fossem mais sensíveis a eles.
Quem tem acne não precisa ficar sofrendo por anos - basta procurar um dermatologista e tratar o problema. A combinação de tratamento tópico e oral vem se tornando popular. As principais substâncias utilizadas são o peróxido de benzoila, a clindamicina, o adapaleno e outros retinóides tópicos. O tratamento poderá começar com antibiótico oral (geralmente tetraciclina ou derivados) que deverá ser usado no máximo 16 semanas para evitar resistência bacteriana. "Caso o organismo não responda a esses tratamentos, o uso da isotretinoina oral está indicado, com cura de cerca de 80% dos casos, esse tratamento leva em média seis a oito meses. O resultado é excelente e muito gratificante para o paciente e para o médico", fala Ivonise.
Nas mulheres (mesmo naquelas que não tem uma doença endócrina detectada), em especial nas adultas, os anticoncepcionais podem ajudar a combater a acne. Nesses casos, a paciente deve procurar, além do dermatologista, seu ginecologista e endocrinologista, pois o melhor é que o tratamento seja feito pelos três médicos, em conjunto. Os contraceptivos devem ser tomados por dois anos no mínimo. As melhorias na pele são visíveis após três meses de uso.
O velho ditado "prevenir é melhor que remediar" é válido para quem não quer sofrer com cravos, espinhas e inflamações na pele. A dica para evitar os efeitos indesejados tem a ver com a dieta. "Os alimentos que têm sido relacionados com piora do quadro são leites e derivados (mesmo o leite desnatado) e alimentos ricos em açúcar (alimentos com índice glicêmicos elevados). Pacientes obesos, apenas com dietas desse tipo, melhoram a acne", revela a médica.
A especialista explica que a pele oleosa não é a causa da acne, mas está sempre presente quando a pessoa tem a doença, sendo uma de suas bases. "Os quatro pilares da acne são: aumento da produção sebácea, defeito na queratinização folicular, proliferação bacteriana, inflamação e, além disso, a base genética e a influência dos hormônios andrógenos em todos esses pilares".
Por isso é interessante, também, verificar se a maquiagem, cremes e cosméticos utilizados são oleosos, pois isso pode desencadear a doença. Ser equilibrado emocionalmente é um bom método de prevenção, já que, como relata Ivonise, "o estresse pode piorar acne porque estimula a produção hormonal das glândulas adrenais". Portanto, comece agora a adotar hábitos mais saudáveis ou o tratamento necessário e fique livre da acne!
Por Priscilla Nery (MBPress)
Por Priscilla Nery (MBPress)
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