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Gravidez indesejada e contracepção de emergência

A contracepção de emergência não é muito utilizada no Brasil devido à falta de informação, apesar de incluída nas normas de planejamento familiar do Ministério da Saúde desde 1996. Segundo a Rede Brasileira de Promoção da Informação e Disponibilização da Contracepção de Emergência, é um método contraceptivo (medicamento) que pode ser usado até cinco dias depois da relação sexual consumada e com risco de gravidez.
Este procedimento é recomendado para casos de estupro, falha da camisinha, expulsão do DIU, deslocamento do Diafragma e eventual relação sem proteção.
O medicamento é feito a base de doses fortes de hormônios (levonorgestrel) que impedem a ovulação e a mobilidade dos espermatozóides no útero, impedindo a fecundação. Segundo pesquisa realizada no ano passado 96% das pessoas consultadas já tinham ouvido falar sobre contraceptivos de emergência, mas apenas 19% delas tinham conhecimento sobre para quais situações são indicados. Alguns tinham informações erradas sobre o medicamento.

O estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo, Unifesp, pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, pela Universidade Federal de Goiás, UFG e pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN, consultou 588 estudantes de medicina, enfermagem, nutrição e educação física das próprias instituições e demonstrou que os jovens brasileiros ainda têm dúvidas sobre o método de contracepção.Já um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com 2000 mulheres demonstrou que levonorgestrel, referência no uso de contraceptivos de emergência no Brasil, preveniu a gestação em 85% dos casos contra 57% nas usuárias do método de Yuzpe (pílulas combinadas), anteriormente o mais usado. O que fez a OMS e American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) passarem a recomendar o levonorgestrel como melhor método.
O Dr. Achilles Cruz, especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, USP, confirma a eficácia da pílula. "O método levonorgestrel é mais eficaz e mais aceito pela melhor tolerabilidade das usuárias e menores riscos de ocorrências de fenômenos tromboembólicos (quando se forma um trombo, ou seja, um coágulo de sangue no interior de um vaso sanguíneo) porque não usa estrogênio, que produz reações adversas em muitas mulheres com fatores de risco", disse. Além de mais eficaz, este método também é mais prático, precisando apenas de uma única dose.


O médico ressalta que a contracepção de emergência não representa perigo para a saúde da mulher. A contracepção de emergência não é abortiva e, portanto não causa sangramentos. Porém a Rede Brasileira de Promoção da Informação e Disponibilização da Contracepção de Emergência adverte: "não é um método para ser usado com freqüência, só em situações de emergência, pois usado regularmente ou com repetição pode desregular o ciclo menstrual e facilitar uma gravidez. Quando tomado regularmente tende a falhar mais que os outros contraceptivos de uso regular."

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